quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

CHELSEA FC: o 5-4-1 de Conte (Fase Defensiva)

Organização Defensiva- Estruturados em 5-4-1 numa defesa zonal num bloco médio de grande agressividade sobretudo para fechar os espaços dentro do bloco (as duas linhas: 5+4). «Campo pequeno» e contenção bem próxima do portador. Mais fácil explorar os corredores laterais, sobretudo com Matic + Kanté por dentro. Não é fácil batê-los na profundidade pois tem uma linha DEF rápida (Moses-Azpilicueta-David Luiz-Alonso), sendo que também raramente conferem espaço nas costas (quando o jogo está partido e/ou tentam pressionar alto concedem esse espaço). Destaque também para a dificuldade no jogo direto sobretudo na meia-esquerda (David Luiz, Cahill, Alonso e Matic) sendo mais fácil a meia-direita (Azpilicueta, Moses e Kanté, ainda que D. Luiz por lá surga). Como já referido o ADV e o jogo vão determinar a forma como defendem e consequentemente as fragilidades: se entrarem num jogo mais pressionante, de bloco alto mas também de maior risco destapam atrás (o Man. City conseguiu 3x3 com os DC’s numa bola longa, explorando o lado de Cahill – imagem 1ª Fase), se o ADV optar por um jogo mais pausado, procurando construir desde trás, com um ritmo mais baixo, então eles defendem num bloco médio, retiram profundidade, fecham por dentro/e dentro, convidam a jogar por fora, permitindo que a 1ª linha jogue com facilidade e circule por trás: preocupação é fechar dentro do bloco, evitar jogo interior entre linha DEF e MED. Na 1ª fase optam, como já referido, em função do jogo que o ADV promove, sendo que quando pressionam alto e sobem o bloco (x City) se expõem a situações de igualdade numérica onde acabam por encaixar em marcação individual, sobretudo porque aumenta exponencialmente o espaço entre linha média e a linha defensiva. Se o ADV entra num processo de construção (não num jogo de parada-resposta) estabilizam preferencialmente no bloco médio permitindo ao adversário uma circulação por trás ou entre a 1ª e a 2ª linha dependendo do posicionamento do AC. Não o fazendo de forma muito veemente promovem a saída exterior do ADV anulando o espaço interior [ver posicionamento táctico e corporal de Diego e Pedrito contra o Crystal Palace e Bournemouth, respetivamente]. A 2ª linha permite que a bola passe no 1º médio nas costas do AC sem se desequilibrar e procurando encurtar esse espaço. Difícil provocar bola no espaço entre DEF e MED – equipa curta, MED com boa leitura e DEF forte na antecipação (e rápida). Quando estão subidos facilitam a procura da profundidade ao adversário, quando estão recuados o melhor é provocar o espaço exterior. Na 2ª fase em espaço interior encurtam o espaço ao portador, se já recebe em cima da linha média defendem em 2, se estiver afastado defendem em 1+1 (contenção+cobertura) fruto da necessidade de um dos MC’s ter que saltar na pressão. A última linha não é perfeitamente articulada, tendencionalmente a linha média fecha dentro retirando esse espaço e convidando o ADV a ir para fora novamente. O espaço entre linhas é controlado pelos DC’s que encurtam o espaço ao possível recetor ficando com uma linha de 4 em cobertura, se já tiver saído 1 dos DC’s e existir outro movimento entre linhas com o DC ainda deslocado, eles adotam uma postura expectante na linha de 4 esperando que seja pressionado pelas costas ou pelo DC que saiu antes. Mantém a linha defensiva ampla facilitando a basculação para o lado da bola dos elementos exteriores (DL’s). Por fora forçam situações de superioridade numérica com contenção + cobertura duplamente (na linha média e na linha defensiva). Sem preocupação em fechar por trás, baixam bastante as linhas de cobertura («afundam» o bloco), isto torna ideal para um cruzamento ao 1º poste de zona recuada ou um movimento nas costas do DC em cobertura. Por outro lado, uma variação de centro de jogo, diretamente à largura ou por dentro – curta – gera dificuldades na basculação de todo o bloco exceção feita ao DL e ao ML formando temporariamente uma situação de 2x2 ou possível 1x1 entre o DL e o EXT contrário, neste momento após variação a cobertura está muito distante, sendo ideal para forçar duelos. Uma bola nas costas do DL leva a dobra do DC e o 1º fecha dentro, trocando de posição. Uma bola nas costas do DL e DC, é David Luiz que vai dobrar e mantendo a linha de 5, o anterior DL fecha como DC mais próximo da bola, e o DC do lado da bola passa a DC pelo centro (ver lance contra o City – 3ª fase fora). Na fase de criação do adversário por dentro destaque para a realização do encurtamento vertical e horizontal acentuado sendo de entender que o espaço entre setores é controlado pela saída de um DC da última linha e numa linha de 4 em cobertura (se 1 já tiver saído, já não saí outro, mesmo que o 1º tenha sido ultrapassado, fica a linha expectante). Os DL’s tem alguma dificuldade em encontrar o posicionamento correto e racional: veja-se no jogo contra o Palace o posicionamento de Moses no lado da bola e no jogo contra o Bornemouth o posicionamento de Alonso excessivamente aberto que permitiria – se a bola lá entrassa – que Gosling surgisse nas costas da linha defensiva aproveitando a saída de, no caso, Cahill (a explorar). O DC que sai fá-lo um pouco à queima, após isso adotam uma estratégia de proteção sem tentativa de desarme (controlo + encurtamento). Por espaço exterior privilegiam a superioridade numérica nos corredores laterais à colocar no mínimo 3 jogadores para obrigar a arrastar o MC e o DC mais próximos. Se não o fizermos fica uma linha de 4 dentro da área, se o fizermos reduz para 3 e aumenta a permeabilidade não só na 2ª linha (excelente para explorar) como na 1ª. A linha de 5 é forte pelo ar e difícil de bater no 1º jogador (ainda mais se ficarem 4 na área, mais acessível com apenas 3), contudo permitem algum espaço para forçar entre a DEF e o GR que os torna algo apreensivos. Com apenas 3 elementos tornam-se um pouco frágeis na zona do 2º poste sobretudo pelo espaço – grande – que existe entre as unidades (espaço que não existe na defesa a 4 na área).
Atenção: Zona mais frágil é o «Low-Left» com 4 golos sofridos (do ponto de vista de quem ataca) sendo de evitar remates alto e para a zona central da baliza.

































Transição Defensiva- Mudança rápida de atitude em momento pressionante e agressivo sobre o portador da bola procurando rapidamente recuperar a posse. Quando perdem alto/médio a reacção do(s) elemento(s) mais perto da bola é fundamental para permitir a subida do bloco – realizam-no bem! – contudo num jogo partido (de parada-resposta) estão permanentemente a realizá-lo (!). Quando perdem em zona recuada/média-baixa torna-se ainda mais importante a ação dos médios-centro (Matic + Kanté, também Cesc Fabregas quando joga) procurando rápido encurtar o portador permitindo assim o recuo da linha DEF.
Em qualquer dos momentos é mais indicado provocar a profundidade nas costas de Alonso-Cahill, sendo que em zona baixa (deles) devemos procurar largura pois tendem sempre a fechar o centro se o portador lá se encontrar [ver imagem ao lado – Palace x Chelsea].

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