sábado, 27 de fevereiro de 2016

NA TEIA DE KROOS

ANÁLISE DAS ACÇÕES OFENSIVAS NA 1ª PARTE DO CLÁSSICO

Real Madrid x Atlético Madrid
Liga BBVA - 26ª Jornada
27-FEV-2016 / 16h (Hora de Madrid)
Estádio Santiago Bernábeu



CONTEXTUALIZAÇÃO:
Pouco intenso sem bola e quase sempre vigiado pela 1ª linha de pressão do Atlético composta por Griezmann + 'El Niño' Torres, apresentou-se algo lento mas sempre em rotação para encontrar espaços, sendo que Modric se apresentou mais eficiente na ligação entre a 1ª e a 2ª fase - recuando no terreno surgia quase como um «elemento surpresa».
Kroos, como é visível no mapa abaixo apresenta facilidade em «partir» o jogo horizontalmente.


ESTATÍSTICAS:

-Número total de toques na bola: 121

-Tipo e número de acções:
-> Passe curto: 25 (inclusivé dois de cabeça)
-> Passe médio: 11
-> Passe longo: 0
-> Condução: 4
-> Cruzamento: 1
-> Remate: 1
-> TOTAL: 42 acções

-Sucesso/margem de sucesso:
-> TOTAL: 42
-> Sucesso: 39 (Aprox. 92,9%)
-> Insucesso: 3 (Aprox. 7,1%)



MAPA DE LIGAÇÕES:
CURIOSIDADES:
- Sem registo de ligações a James e a Keylor.
- Grande facilidade na ligação aos DL's (15 no total) e a Modric, sendo que com o 1º dado nesta linha se percebe a facilidade na variação de centro de jogo em busca dos laterais.
- Fraca ligação ao tridente mais ofensivo (apenas 3 passes).
- Incluí um cruzamento feito para a cabeça e Varane.







sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

«Qual é a liberdade que deve ser dada ao DL em posse?»

Evaristo, ídolo do Barcelona na década de 60, disse, um dia, que «[…] reter a bola é muito importante, recuperar quando se perde é mais importante ainda».

Pegando nesta ideia, surgiu-me uma pergunta: como é que se faz isso? Pressão, organização e equilíbrio.

Ora, até aqui, tudo parece simples e direto…mas afinal como é que se torna a equipa organizada a atacar quando tem que desorganizar o adversário? Um dos meus «preferidos» macro-princípios num jogo de futebol – em momento ofensivo – é o de «Campo Grande» ou de «largura» (já aqui debatido, http://aguerradabola.blogspot.pt/2016/02/largura-fundamental.html) do senso comum de qualquer adepto.

Desta forma, e no decorrer da visualização do jogo entre FC Porto e Moreirense, do último fim-de-semana deparei-me com o posicionamento interior de Layún – que demonstra a grande vontade deste na procura da bola, da equipa e do jogo e que acontece algumas vezes – e o posicionamento mais largo – não suficientemente – de Brahimi, mas isto trouxe outra questão: «Qual é a liberdade que deve ser dada ao DL em posse?».

Como está escrito neste blog, defendo a largura ofensiva, o «Campo Grande» portanto, mas defendo que deve ser feito apostando, sobretudo, na povoação de:
1) a zona da bola;
2) corredor central;

E com uma grande premissa: deve ser amplo mas realizado por 1 elemento. Permitindo que a equipa possa ter igualdade/superioridade no espaço fundamental do jogo.

Contudo, o que me chamou a atenção nas imagens não foi a realização errada do «Campo Grande» até porque apenas 1 está aberto e há grande concentração de jogadores na zona da bola e no espaço interior…mas sim o posicionamento subido de Brahimi e o interior de Layún que abrem uma cratera no espaço lateral que permite a criação do desequilíbrio defensivo no momento da perda. Ora, mesmo que a equipa tenha capacidade de pressão, não está organizada e tão pouco está equilibrada.



Isto sim, chamou-me a atenção.

O inverso, ou seja, o posicionamento subido/projectado de Layún e interior de Brahimi é frequente, para não dizer constante, mas é mais equilibrado porque Layún tem um forte ‘timing’ de subida, raramente apresentando-se tão «subido» em lances de pouca margem de intervenção. Desta forma, e como Brahimi estava muito subido – na 2ª imagem é notório o posicionamento na última linha –, a equipa apresentava uma grande «zona vazia» que podia ser explorado com uma rápida variação de centro de jogo após a recuperação da posse por parte do adversário.

Assim sendo, apesar da grande vontade de jogo de Layún, sempre que não é Brahimi a ir para dentro e a permitir o ‘overlaping’ do DL a equipa fica «coxa» no momento da perda.
Peseiro terá que «travar» esta vontade de ter bola e de participar de Miguel Layún (porque me parece que será mais fácil do que fazer com que Brahimi seja mais equilibrado e pense mais colectivamente – leitura de jogo).


*Nota: Sou um apreciador de Layún – já antes da grande época que estava a fazer – e, para bem do nosso campeonato, seria fantástico ser comprado pelo FC Porto e ficar por cá mais uns tempos e este artigo está longe de ser uma crítica à vontade, à raça ou à disponibilidade de Layun. Mas convém sublinhar que também é, por lacunas destas, que se perdem campeonatos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PERFIL DE JHON CORDOBA


BIOGRAFIA: JHON Andrés CÓRDOBA Copete, 22 anos (10-Maio-1993), nascido em Istmina, Colômbia. Com uma altura a rondar os 1,88m e um peso a rondar os 82kg, chegou à Europa por Espanha. Recém-transferido para o FSV Mainz 05 (empréstimo com opção de compra), jogou apenas 1 jogo esta época fruto de uma lesão muscular. Este destro que tem um valor de mercado de 2 milhões de euros, sendo que o máximo foi de 3 milhões de euros. Internacional Sub20 colombiano por 11 vezes, marcou 6 golos. Representado pela Promoespor BCN que tem grande ‘foco’ na Europa latina, mais especificamente em Espanha.

ANÁLISE: Apelidado de ‘Drogba Colombiano’ revela uma grande assertividade no jogo entre linhas. Na senda de uma grande ‘casta’ de PL’s/AC’s (Falcao, Jackson Martínez, Téo, Bacca, Ádrian Ramos,…) colombianos é mais do que um limitado finalizador. Tem ‘perfume’ técnico e capacidade física para aguentar as ‘cargas’ do adversário. Dono de grande visão de jogo e de qualidade de passe em ruptura (curto e médio), demonstra ainda mais argumentos na finalização – com capacidade no 1x1 (sobretudo) mas também para finalizar pelo ar – jogo aéreo – e pelo chão – na grande área. Apesar da grande agilidade e explosão e velocidade, é enquadrado num jogo mais apoiado que é possível explorar todo o seu potencial inato, talvez num sistema de 4-3-3/4-2-3-1.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO BORUSSIA DORTMUND

Na antecâmara da visita ao Dragão e após a vitória frente aos Dragões o «fresquinho» relatório de observação do Borussia Dortmund de Tuchel:

http://pt.slideshare.net/Fut_RelTact/relatrio-borussia-dortmund

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A educação é chave na vida e no futebol!



Porque uma boa formação humana e escolar é fundamental, a aprendizagem de valores podem ajudar no futuro os atletas a serem melhor Homens e os não-atletas a terem sucesso na vida profissional e pessoal.
Aqui fica este projecto interessante que até já tem uma parceria com o FC Porto.
Podem-se juntar por uma geração melhor.

https://www.facebook.com/jateexplico

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Assim vai ser complicado...



Movimentos muito fortes do BVB:
-Procura da profundidade + procura do espaço frontal à baliza para finalizar.
-Movimentos padronizados muito perigosos!




Não fosse só a qualidade atacante da equipa de Tuchel
Também o Porto abre «crateras» que convidam o BVB a um jogo que tanto gostam e privilegiam.
Daqui…não se augura nada de positivo!




domingo, 7 de fevereiro de 2016

PERFIL DE KOFFIE


BIOGRAFIA: Gershon Koffie nascido a 25 de agosto de 1991 (24 anos) nascido em Koforiuda (Gana) tendo ainda nacionalidade canadiana. Mede cerca de 1,80m e pesa 70kg. Actua nos Vancouver Whitecaps que competem na MLS mas que são oriundos do Canadá. Domina com facilidade ambos os pés, tem um valor de mercado a rondar os 350 mil euros – valor mais alto que atingiu -, e já foi por 5 vezes internacional sub20 pelo Gana. Pode ser MO ou MC mas também extremo. Em 34 jogos leva 2 golos e 1 assistência.


ANÁLISE: Jogador muito vertical que não tendo muitos golos esta época tem grande facilidade em rematar de longe. Não muito evoluído tecnicamente, joga fácil com ambos os pés. Muito agressivo também no desarme. Permite ter mais ocupação no miolo pelo facto de ser rápido e de ser mais forte de trás para a frente. Forte sobre o espaço, no último terço não tem uma grande tomada de decisão ampla e não tem uma fora do comum visão de jogo. Auxilia no jogo aéreo nas bolas paradas, jogo de cabeça razoável.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

PERFIL DE CUEVA
BIOGRAFIA: Christian Alberto Cueva Bravo nascido a 23 de novembro de 1991 (23 anos, quase a fazer 24) em Trujillo no Perú. Mede 1,69m e pesa 61kg. Actua no Toluca do México e o seu pé preferencial é o direito. O seu valor de mercado é 800 mil euros (o valor mais alto é de 1 milhão de euros). Já 6 vezes internacional AA pelo Perú. É um jogador criativo podendo jogar por dentro (MO) ou por fora (extremo). Esta época leva 11 jogos, 1 golo e 3 assistências.


ANÁLISE: Jogador muito determinado e agressivo, é muito veloz e com grande facilidade para mudar de direcção. Mesmo pelo centro tem tendência para descair para a esquerda para a seguir impor uma diagonal fora -> dentro, onde é muito perigoso. Excelente recepção orientada e finalização (de 1ª, de fora da área e dentro da área). Impressiona pela qualidade no drible, na finta e no 1x1! Muito criativo, gosta de um jogo mais vertical para «transportar» (muito bom!). Forte também no passe para ruptura (curto).
PERFIL DE FERNANDO FERNÁNDEZ

BIOGRAFIA: FERNANDO Fábian FERNÁNDEZ Acosta, 23 anos (8-Janeiro-1992) nascido em Itauguá, no Paraguai. Mede cerca de 1,80m e pesa 79kg. O seu pé preferencial é o direito. Actua no Club Guaraní do Paraguai, não tem avaliação de valor de mercado nem internacionalizações. É agenciado pela ISFAsports e leva 24 jogos, 15 golos e 6 amarelos esta época, sendo que para a Liga leva 15 jogos e 11 golos (2º melhor marcador) e na Libertadores leva 9 jogos e 4 golos.

ANÁLISE: Revela muita competência a atacar a última linha, pelo ar e pelo chão. Um dos seus movimentos mais fortes é a recepção de costas para a baliza, o cortar para o lado do pé mais forte e o remate. Argumentos na finalização com o pé direito e com a cabeça – não sendo um PL alto. Tem criatividade e capacidade no 1x1 com o guarda-redes mas também com os DEF’s (não raras vezes ‘pica’ a bola por cima do oponente). Agressivo e determinado sobre a bola, revelando ainda uma excelente aceleração e velocidade de ponta. Apresenta capacidade no choque e grande sangue frio no último terço. Apresenta valências para jogar com alguém próximo (4-4-2 ou 4-2-3-1). Demasiado vertical para jogar ‘solto’ no ataque, iria ‘partir’ a equipa e aumentar o risco da perda.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

LARGURA - «Fundamental»

Nas pequenas (grandes) coisas se medem as grandes equipas.

- As melhores equipas usam a largura - «Campo Grande» -, mas para isto é preciso saber fazer, veja-se:

FC BARCELONA (de Luis Enrique)

 BORUSSIA DORTMUND (de T. Tuchel)

SC BRAGA (de Paulo Fonseca)

- Mas há quem não saiba...e também por aqui se mede a capacidade de desenvolver um jogo fluído e interessante por parte das equipas.

FC PORTO (de Julen Lopetegui)