terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CHELSEA FC: o 3-4-3 de Conte (Fase Ofensiva)

Organização Ofensiva- Equipa estruturada em 3-4-3 com predominância do jogo interior tanto em construção como em criação. «Campo grande» garantido pelos ML’s (Moses + Alonso). Variam um jogo curto com um jogo mais rápido com passes à largura ou a romper as linhas. Sem problemas em entrarem num jogo de aceleração constantes se o ADV estiver exposto: facilidade na profundidade, nos duelos (Diego Costa) mas também no transporte (Willian/Pedro, Hazard, Moses e Alonso). Apostam numa equipa próxima e com a primeira linha subida, inclusive na última fase com Azpilicueta e Cahill projetados e a garantirem cobertura ofensiva mas sobretudo a procurarem ser úteis (Azpilicueta mais forte pela facilidade em cruzar – é daqui que sai o golo contra o Palace, variação em 2ª fase, Azpilicueta projetado, assume recebe e assume condução entre espaço interior/exterior e cruza para Diego – enquanto Cahill revela mais dificuldades em criar perigo). Os alas jogam permanentemente por dentro conferindo um dos pontos-chave desta equipa à linhas de passe interior constantes e em grande número que facilita a tomada de decisão a portador. Não tem um jogo à profundidade muito frequente, sendo que o procuram mais numa transição ofensiva rápida e quando o ADV está descompensado/desprotegido. Não jogando com Diego Costa e jogando com um tridente móvel (Pedrito + Hazard + Willian) perdem a referência para jogo exterior e para jogo mais direto mas aumenta a mobilidade do tridente ofensivo e com isso as linhas de passe interiores existindo mais linhas de passe em construção, reduzindo – quase nulos em fase de criação! – os apoios frontais e aumenta a exploração das ruturas nas costas da DEF adversária sendo mais velozes mas também um pouco mais individualistas na definição. Na 1ª fase apostam sobretudo numa saída em 3+2 (DC’s + MC’s) desde logo projetando os ML’s nas bandas – profundos + largos. Não colocam Courtois neste momento pois é algo frágil quando pressionado. Quando não são pressionados, e de forma mais frequente por Azpilicueta, apostam em condução permitindo que a equipa suba territorialmente mas mantendo-se sempre os apoios interiores dos MC’s. Quando mais pressionados tem tendência para receber mais um apoio interior por parte do EXT (na imagem: Pedrito). Os MC’s são jogadores cultos e por isso procuram sempre fornecer linhas de passe preferencialmente dentro do bloco adversário. As soluções interiores são as mais procuradas logo a seguir procuram os ML’s, não forçam tanto as ligações aos avançados – mais até com David Luiz. A 2ª fase por dentro fica marcada pelo grande número de linhas de passe dentro do bloco desde logo entre linha defensiva e média do adversário, o portador tem sempre o apoio do MC do lado oposto – lateralmente – mas também recuada dos DC’s e à largura conferida pelos médios-laterais. Raramente optam por assumir ações de condução, privilegiando as ligações interiores e as variações à largura (Matic -> Moses-Pedrito/Willian; Kanté -> Alonso/Hazard, menos frequente). Condicionando as ligações interiores fecha-se a porta ao jogo interior e obriga-os ao jogo exterior para cruzamentos que está longe de ser tão perigoso como deixar a bola entrar em Hazard e Pedrito/Willian. Atenção a este momento, se estiver fechado à projeção do DC do lado oposto no espaço vazio. O AC fixo (Diego Costa ou Batshuayi) raramente procuram movimentos para apoio frontal entre linhas. Também não são muito dados a bola nas costas para rutura – nem desenham este tipo de movimentos. Em espaço exterior, Moses é mais perigoso – e incerto – que Alonso pela facilidade do 1º em assumir ações de condução, desde logo porque Alonso é mais retilíneo, procura linha final e o MLD tem outra facilidade em procurar o espaço interior para tabelar ou finalizar (não é muito utilizado!), é ainda mais forte no 1x1 ofensivo em relação ao MLE. Ainda assim promovem um interessante número de linhas de passe interiores (EXT, MC, DC). Todavia a solução mais vezes utilizada é a ligação interior para o EXT ou o MC, não havendo uma clara ideia de atacar por fora, tendem sempre a provocar dentro e, sem bola, projetar fora para receber (raramente a tabela é correspondida, utilizam mais o contrário: bola dentro, colocam no lateral e rompem nas costas do DL, por dentro para receber bola oriunda do ML). A fase de criação é toda ela marcada pela existência, ou não, de Diego Costa. Em espaço interior – mais vezes utilizada (69% das vezes, aproximadamente) e mais perigosa – existem dois padrões: 1) com Diego Costa – as decisões tornam-se mais colectivas e utilizam com mais frequência os apoios frontais que Diego realiza, segurando o DEF e permitindo que o portador, ao tabelar, entre na zona do DEF que Diego está a segurar. Contudo mantém os apoios largos ainda que não haja uma grande tendência para criar ruturas no espaço ficando mais dependente do portador; 2) Sem Diego Costa – o jogo de costas para a baliza é praticamente inexistente, tornando-se muito fortes nos movimentos nas costas em diagonal contrária (ver lance contra o B’mouth), tornando a decisão mais individual sobretudo por meio de finalizações exteriores/na entrada da área (atrás da marca de penalty): 12 contra o B’mouth (todos os remates!), 8 contra City e Palace. Por fora, o jogo é (todo) virado para Diego Costa, sem ele não representam grande perigo neste momento. Não tem muita astúcia a atacar o 1º/2º poste, fortes no espaço central por Diego. Ter em atenção às ruturas nas costas do elemento da contenção (vigiar!!) e sobretudo perceber que Alonso define melhor que Moses. Quando o EXT não está ao 2º poste o ML esboça um movimento interior para ocupar essa zona (mais felino Moses em relação a Alonso).
Atenção: Finalizações baixas em centro/esquerda (do guarda-redes) são as mais procuradas e onde têm maior sucesso – sobretudo na esquerda(!). O espaço frontal à baliza e exterior à pequena área é a zona mais utilizada na definição (último passe/remate) e é sobretudo zona de ação dos EXT’s e do AC.

































Transição Ofensiva- Quando recuperam baixo e o ADV está posicionado para pressionar (Palace x Chelsea) optam por recuar (MED-> DEF-> GR) até que despejam na frente sem grande critério (Courtois não é muito habilidoso com os pés). A recuperação pelo GR leva a uma verticalização rápida para os corredores laterais (Pedro/Willian, Hazard à principalmente; Alonso e Moses também). Quando recuperam baixo mas o ADV está exposto procuram acelerar (ver lance Hazard x Chelsea) em condução contudo também são fortes – sobretudo com Alonso, menos potente em condução! – nos lançamentos médios/longos à profundidade para o movimento nas costas da DEF (soberba ligação com Diego Costa!). Recuperando alto aumentam a velocidade e procuram atacar o espaço/a baliza, sendo que em zonas frontais também tentam meia-distância (abundante em 2as bolas). Particular atenção para os lances de bolas paradas defensivas onde propositadamente colocam Hazard subido para receber na frente e atacar logo (restantes sobem rápido).


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