segunda-feira, 13 de junho de 2016

PERFIL DE FELIPE – POSSÍVEL REFORÇO FC PORTO 16/17


Nome
FELIPE Augusto de Almeida Monteiro
DtNasc./Idade
16-Maio-1989, 27 anos
Nat./Nac.
Mogi das Cruzes, Brasil
Clube
Corinthians (Brasil)
Altura / Peso
1,91m e 77kg
Posição
Defesa-central
Direito
Valor Mercado
6M€


Revela ser um jogador que apesar de um pouco lento na aceleração, apresenta valor na velocidade – sobretudo pela passada larga -, mas destaca-se, principalmente, pela grande impulsão, não só em velocidade como também partindo de uma posição parada. Agressivo q.b., apresenta ainda capacidade de comunicação/liderança mas mais especificamente pela frieza e pela tranquilidade que apresenta nos momentos mais tensos. Jogador de grande temperamento mas que revela pouca criatividade ofensiva. Demonstra sempre grande concentração e grande disciplina.
Apresenta limitações ofensivas no capítulo da construção: passe curto e visão de jogo pouco astutas, tornam a sua tomada de decisão um pouco simplista – normalmente repetitiva e pouca dinâmica, entrando em passes laterais ou atrasados e «fugindo» de um passe «mais agressivo», sobretudo interior. Não demonstra ainda grande capacidade nos movimentos sem bola na 1ª (principalmente) mas também na 2ª fase de construção, passa ao lado desta fase se for possível o que obriga, permanentemente os médios a baixarem para construírem na 1ª linha. Contudo, as bolas paradas ofensivas são o seu grande ponto forte ofensivo, destacando-se primeiramente pela enorme capacidade para os duelos aéreos e pelo extraordinário jogo aéreo. Capacidade para movimentos rápidos e agressivos utilizando toda a sua capacidade de impulsão para bater a concorrência no ar.
Defensivamente denota grande capacidade nas dobras aos LAT’s, mostrando ainda valências no 1x1 defensivo mas também na marcação e no posicionamento, podendo melhorar ainda a articulação com a linha defensiva (no Corinthians não tem que defender em linha, pelo que muitas vezes em situações de criação de fora-de-jogo recua e abre profundidade nas costas do seu colega de posto) mas sobretudo tem que melhorar a leitura de trajectórias porque é várias vezes iludido pela bola, apresentando mais competência na leitura de jogo – também na antecipação! – e nas bolas paradas defensivas sendo que demonstra mais astúcias no desarme – melhor arma para recuperar -, mas também na interceção.





FELIPE – FC PORTO

Para já é, impossível, prever qual será o modelo de jogo preconizado por Nuno Espírito Santo no FC Porto, mas tradicionalmente e até pelo campeonato em que o FC Porto está inserido e pelos adversários que vai enfrentar, pede-se que um DC seja um jogador que tenha capacidade para construir e não apenas partir o jogo de um lado para o outro, que seja capaz de assumir, caso seja possível, uma ação de condução em penetração ou um passe médio a «queimar linhas» e parece-me que Felipe não é esse perfil de jogador, sendo que é uma tremenda mais-valia para o treinador sobretudo no planear e executar os esquemas tácticos (bolas paradas ofensivas e defensivas). Também me demonstrou ser um jogador perfeitamente capaz de defender em zonas altas, sobretudo porque, como referido, apresenta até alguma velocidade e alguma facilidade em situações de 1x1 e de dobras aos laterais, devendo ainda passar por um período de habituação, por exemplo, à noção de defender em linha e sobretudo corrigir a leitura de trajetórias que é, defensivamente, o seu calcanhar de Aquiles.
Neste exercício é necessário entender que falamos de um jogador que já não tem uma grande margem de progressão (27 anos), mas bem na plenitude das suas faculdades e que vai dar um salto competitivo extraordinariamente grande mas também trata-se de um jogador que parece ser de uso imediato e onde a capacidade comunicativa, o temperamento e algum espírito de liderança poderão acelerar um processo de habituação que prevê, quem o conhece, que poderá não ser fácil na fase inicial.
Contudo parece-me um jogador de bom nível, que trará mais robustez e solidez defensiva ao FC Porto, trará uma referência para os lances de bolas paradas, sobretudo ofensiva onde a equipa nem sempre se mostrou muito sagaz, ainda que traga, consigo, algumas reservas sobre a fluência que dará ao «jogar», insisto, sobretudo por aquilo que o campeonato português exige que seja a maior facilidade de um DC em construir desde trás.