sexta-feira, 4 de março de 2016

O REI LEÃO x A ÁGUIA VOADORA

Agora que nos aproximámos do fim do campeonato a discussão sobre «quem foi o melhor jogador» vai começar, uns apontarão Jonas, outros Slimani, uns até Danilo. Jonas, apercebo-me, assume a dianteira, mas não seria a minha escolha. Não consigo entender que raio de futebol é este onde um tipo que marca golos – e muitos, mas pouco artísticos – pode ser melhor que um qualquer criativo que pinta quadros do maior requinte em todos os relvados (seja Diogo Jota, Brahimi, Rafa,…).

Aconteça o que acontecer no derby - e em Braga, já agora – para mim o Sr. Campeonato será Bryan Ruiz. Tudo porque, ainda (e espero que para sempre), perdura em mim aquele sentimento do menino apaixonado pela finta, pela «técnica» e nenhum, nenhum mesmo, me fez voltar a viver esse «sonho» como Ruiz.


A bola e ele são um só. Chamei-lhe «Rei Leão» porque para mim é o jogador do ano para o Sporting – mas também para o campeonato. Ninguém consegue tratar tão bem a bola como ele. Dizem: «falta-lhe velocidade», «já não vai chegar à elite» (como a «Águia Voadora», Nico Gaitán, não que a diferença de idades seja muita – apenas 2 anos – mas trata-se do percurso de cada um!), mas que se dane a elite porque essa é aquilo que nós queremos que seja. Bryan trouxe aquele futebol de rua, cheio de finta, de drible e da habilidade, trouxe magia e tudo o resto que isto atraí (quantos jovens não viram e depois imitaram Ruiz?!) e que é, na sua essência, o futebol (numa era tão dividida entre os golos de Messi e Ronaldo, não sobressai também a arte de Neymar? Claro que sim, e é aqui que entra Ruiz, entre a lista infindável de golos de Jonas e de Slimani – em separado ou somado.


Contudo, também é, neste momento, que entra Gaitán. A «Águia Voadora» é, hoje, menos vezes noticia mas o seu futebol continua exatamente o mesmo. Drible incrível, fazendo dançar defesas ao som do «Tango» do país das Pampas. Sempre com a sua «canhota» prodigiosa a levá-lo – a ele, ao Benfica e aos espectadores – para outra galáxia futebolística (curioso jogarem ambos de pé esquerdo, não?).

Este poderá (e deverá) atingir a elite, o futebol assim necessita. Mas sem dúvida que o nosso campeonato irá perder muito sem um artistas deste nível.

Para o derby, aconteça o que acontecer, só tenho um desejo: ver estes 2 artistas fazerem o melhor que sabem. «Desfilarem».

Bryan, o «Rei Leão», e Gaitán, a «Águia Voadora», são duas peças fulcrais no nosso campeonato e que ajudam a aproximar-nos das melhores ligas. Também é por eles que se irá decidir o derby. Quem mais brilhar, melhor a sua equipa vai ajudar.


Haja arte.

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