Organização Defensiva- Estruturados
em 5-4-1 numa defesa zonal num bloco médio de grande agressividade sobretudo
para fechar os espaços dentro do bloco (as duas linhas: 5+4). «Campo pequeno» e
contenção bem próxima do portador. Mais fácil explorar os corredores laterais,
sobretudo com Matic + Kanté por dentro. Não é fácil batê-los
na profundidade pois tem uma linha DEF rápida (Moses-Azpilicueta-David Luiz-Alonso), sendo que
também raramente conferem espaço nas costas (quando o jogo está partido e/ou
tentam pressionar alto concedem esse espaço). Destaque também para a
dificuldade no jogo direto sobretudo na meia-esquerda (David Luiz, Cahill, Alonso e Matic)
sendo mais fácil a meia-direita (Azpilicueta, Moses e Kanté,
ainda que D. Luiz por lá surga). Como já referido o ADV e o jogo
vão determinar a forma como defendem e consequentemente as fragilidades: se
entrarem num jogo mais pressionante, de bloco alto mas também de maior risco
destapam atrás (o Man. City conseguiu 3x3 com os DC’s
numa bola longa, explorando o lado de Cahill – imagem 1ª Fase), se o ADV optar
por um jogo mais pausado, procurando construir desde trás, com um ritmo mais
baixo, então eles defendem num bloco médio, retiram profundidade, fecham por
dentro/e dentro, convidam a jogar por fora, permitindo que a 1ª linha jogue com
facilidade e circule por trás: preocupação é fechar dentro do bloco, evitar
jogo interior entre linha DEF e MED. Na 1ª fase optam, como já referido, em
função do jogo que o ADV promove, sendo que quando pressionam alto e sobem o
bloco (x City)
se expõem a situações de igualdade numérica onde acabam por encaixar em
marcação individual, sobretudo porque aumenta exponencialmente o espaço entre
linha média e a linha defensiva. Se o ADV entra num processo de construção (não
num jogo de parada-resposta) estabilizam preferencialmente no bloco médio
permitindo ao adversário uma circulação por trás ou entre a 1ª e a 2ª linha
dependendo do posicionamento do AC. Não o fazendo de forma muito veemente
promovem a saída exterior do ADV anulando o espaço interior [ver posicionamento
táctico e corporal de Diego e Pedrito
contra o Crystal Palace e Bournemouth, respetivamente]. A
2ª linha permite que a bola passe no 1º médio nas costas do AC sem se
desequilibrar e procurando encurtar esse espaço. Difícil provocar bola no
espaço entre DEF e MED – equipa curta, MED com boa leitura e DEF forte na antecipação
(e rápida). Quando estão subidos facilitam a procura da profundidade ao
adversário, quando estão recuados o melhor é provocar o espaço exterior. Na 2ª
fase em espaço interior encurtam o espaço ao portador, se já recebe em cima da
linha média defendem em 2, se estiver afastado defendem em 1+1 (contenção+cobertura) fruto da necessidade de um dos MC’s
ter que saltar na pressão. A última linha não é perfeitamente articulada,
tendencionalmente a linha média fecha dentro retirando esse espaço e convidando
o ADV a ir para fora novamente. O espaço entre linhas é controlado pelos DC’s
que encurtam o espaço ao possível recetor ficando com uma linha de 4 em
cobertura, se já tiver saído 1 dos DC’s e existir outro movimento entre
linhas com o DC ainda deslocado, eles adotam uma postura expectante na linha de
4 esperando que seja pressionado pelas costas ou pelo DC que saiu antes. Mantém
a linha defensiva ampla facilitando a basculação para o lado da bola dos elementos
exteriores (DL’s). Por fora forçam situações de
superioridade numérica com contenção + cobertura duplamente (na linha média e
na linha defensiva). Sem preocupação em fechar por trás, baixam bastante as
linhas de cobertura («afundam» o bloco), isto torna ideal para um cruzamento ao
1º poste de zona recuada ou um movimento nas costas do DC em cobertura. Por
outro lado, uma variação de centro de jogo, diretamente à largura ou por dentro
– curta – gera dificuldades na basculação de todo o bloco exceção feita ao
DL e ao ML formando temporariamente uma situação de 2x2 ou possível 1x1 entre o
DL e o EXT contrário, neste momento após variação a cobertura está muito
distante, sendo ideal para forçar duelos. Uma bola nas costas do DL leva a
dobra do DC e o 1º fecha dentro, trocando de posição. Uma bola nas costas do DL
e DC, é David Luiz que vai dobrar e mantendo a linha de 5, o anterior DL fecha
como DC mais próximo da bola, e o DC do lado da bola passa a DC pelo centro
(ver lance contra o City – 3ª fase fora). Na fase de
criação do adversário por dentro destaque para a realização do encurtamento
vertical e horizontal acentuado sendo de entender que o espaço entre setores é
controlado pela saída de um DC da última linha e numa linha de 4 em cobertura
(se 1 já tiver saído, já não saí outro, mesmo que o 1º tenha sido ultrapassado,
fica a linha expectante). Os DL’s tem alguma dificuldade em
encontrar o posicionamento correto e racional: veja-se no jogo contra o Palace o posicionamento de Moses no lado
da bola e no jogo contra o Bornemouth o posicionamento de Alonso
excessivamente aberto que permitiria – se a bola lá entrassa – que Gosling surgisse nas costas da linha
defensiva aproveitando a saída de, no caso, Cahill (a explorar). O DC que sai fá-lo
um pouco à queima, após isso adotam uma estratégia de proteção sem tentativa de
desarme (controlo + encurtamento). Por espaço exterior privilegiam a
superioridade numérica nos corredores laterais à colocar no mínimo 3 jogadores para
obrigar a arrastar o MC e o DC mais próximos. Se não o fizermos fica uma linha
de 4 dentro da área, se o fizermos reduz para 3 e aumenta a permeabilidade não
só na 2ª linha (excelente para explorar) como na 1ª. A linha de 5 é forte pelo
ar e difícil de bater no 1º jogador (ainda mais se ficarem 4 na área, mais
acessível com apenas 3), contudo permitem algum espaço para forçar entre a DEF
e o GR que os torna algo apreensivos.
Com apenas 3 elementos tornam-se um pouco
frágeis na zona do 2º poste sobretudo pelo espaço – grande – que existe entre
as unidades (espaço que não existe na defesa a 4 na área).
Atenção: Zona mais frágil é o «Low-Left» com 4 golos sofridos (do ponto de
vista de quem ataca) sendo de evitar remates alto e para a zona central da
baliza.
Transição Defensiva- Mudança
rápida de atitude em momento pressionante e agressivo sobre o portador da bola
procurando rapidamente recuperar a posse. Quando perdem alto/médio a reacção do(s) elemento(s) mais perto da
bola é fundamental para permitir a subida do bloco – realizam-no bem! – contudo
num jogo partido (de parada-resposta) estão permanentemente a realizá-lo (!).
Quando perdem em zona recuada/média-baixa torna-se ainda mais importante a ação
dos médios-centro (Matic + Kanté, também Cesc
Fabregas quando joga) procurando rápido
encurtar o portador permitindo assim o recuo da linha DEF.
Em
qualquer dos momentos é mais indicado provocar a profundidade nas costas de
Alonso-Cahill, sendo que em zona baixa (deles)
devemos procurar largura pois tendem sempre a fechar o centro se o portador lá
se encontrar [ver imagem ao lado – Palace x Chelsea].
Sem comentários:
Enviar um comentário