Nome
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FELIPE Augusto de Almeida Monteiro
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DtNasc./Idade
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16-Maio-1989, 27 anos
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Nat./Nac.
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Mogi das Cruzes, Brasil
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Clube
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Corinthians (Brasil)
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Altura
/ Peso
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1,91m e 77kg
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Posição
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Defesa-central
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Pé
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Direito
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Valor
Mercado
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6M€
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Revela ser um jogador que apesar de um pouco lento na
aceleração, apresenta valor na velocidade – sobretudo pela passada larga -, mas
destaca-se, principalmente, pela grande impulsão, não só em velocidade como
também partindo de uma posição parada. Agressivo q.b., apresenta ainda
capacidade de comunicação/liderança mas mais especificamente pela frieza e pela
tranquilidade que apresenta nos momentos mais tensos. Jogador de grande
temperamento mas que revela pouca criatividade ofensiva. Demonstra sempre
grande concentração e grande disciplina.
Apresenta limitações ofensivas no capítulo da construção:
passe curto e visão de jogo pouco astutas, tornam a sua tomada de decisão um
pouco simplista – normalmente repetitiva e pouca dinâmica, entrando em passes
laterais ou atrasados e «fugindo» de um passe «mais agressivo», sobretudo
interior. Não demonstra ainda grande capacidade nos movimentos sem bola na 1ª
(principalmente) mas também na 2ª fase de construção, passa ao lado desta fase
se for possível o que obriga, permanentemente os médios a baixarem para construírem
na 1ª linha. Contudo, as bolas paradas ofensivas são o seu grande ponto forte
ofensivo, destacando-se primeiramente pela enorme capacidade para os duelos
aéreos e pelo extraordinário jogo aéreo. Capacidade para movimentos rápidos e
agressivos utilizando toda a sua capacidade de impulsão para bater a
concorrência no ar.
Defensivamente denota grande capacidade nas dobras aos
LAT’s, mostrando ainda valências no 1x1 defensivo mas também na marcação e no
posicionamento, podendo melhorar ainda a articulação com a linha defensiva (no
Corinthians não tem que defender em linha, pelo que muitas vezes em situações
de criação de fora-de-jogo recua e abre profundidade nas costas do seu colega
de posto) mas sobretudo tem que melhorar a leitura de trajectórias porque é
várias vezes iludido pela bola, apresentando mais competência na leitura de
jogo – também na antecipação! – e nas bolas paradas defensivas sendo que
demonstra mais astúcias no desarme – melhor arma para recuperar -, mas também
na interceção.
FELIPE – FC PORTO
Para já é, impossível, prever qual será o modelo de jogo preconizado
por Nuno Espírito Santo no FC Porto, mas tradicionalmente e até pelo campeonato
em que o FC Porto está inserido e pelos adversários que vai enfrentar, pede-se
que um DC seja um jogador que tenha capacidade para construir e não apenas
partir o jogo de um lado para o outro, que seja capaz de assumir, caso seja
possível, uma ação de condução em penetração ou um passe médio a «queimar
linhas» e parece-me que Felipe não é esse perfil de jogador, sendo que é uma
tremenda mais-valia para o treinador sobretudo no planear e executar os
esquemas tácticos (bolas paradas ofensivas e defensivas). Também me demonstrou
ser um jogador perfeitamente capaz de defender em zonas altas, sobretudo
porque, como referido, apresenta até alguma velocidade e alguma facilidade em
situações de 1x1 e de dobras aos laterais, devendo ainda passar por um período
de habituação, por exemplo, à noção de defender em linha e sobretudo corrigir a
leitura de trajetórias que é, defensivamente, o seu calcanhar de Aquiles.
Neste exercício é necessário entender que falamos de um
jogador que já não tem uma grande margem de progressão (27 anos), mas bem na
plenitude das suas faculdades e que vai dar um salto competitivo
extraordinariamente grande mas também trata-se de um jogador que parece ser de
uso imediato e onde a capacidade comunicativa, o temperamento e algum espírito
de liderança poderão acelerar um processo de habituação que prevê, quem o
conhece, que poderá não ser fácil na fase inicial.
Contudo parece-me um jogador de bom nível, que trará mais
robustez e solidez defensiva ao FC Porto, trará uma referência para os lances
de bolas paradas, sobretudo ofensiva onde a equipa nem sempre se mostrou muito
sagaz, ainda que traga, consigo, algumas reservas sobre a fluência que dará ao
«jogar», insisto, sobretudo por aquilo que o campeonato português exige que
seja a maior facilidade de um DC em construir desde trás.